A Simulation-Based View on Mesopotamian Computational Practices

Mathieu Ossendrijver

doi:10.35305/cl.vi20.66

Autores

Mathieu Ossendrijver Institute for the History of Knowledge in the Ancient

DOI:

https://doi.org/10.35305/cl.vi20.66

Palavras-chave:

Mesopotâmia, cálculo, simulação, modelos, crescimento de rebanho

Resumo

Argumenta-se que cálculos iterativos que são atestados na Mesopotâmia e em outras fontes antigas podem ser analisados e interpretados produtivamente em um quadro referencial baseado em simulações. A Antiga Mesopotâmia nos apresenta um rico corpo de evidência textual para as práticas de cálculo ao longo de um período de mais de três milênios. Este artigo se preocupa com os cálculos iterativos mesopotâmicos de um fenômeno empírico, em que cada iteração atualiza os valores de certas quantidades de um estado para o estado seguinte. Será argumentado que esses cálculos podem ser interpretados proveitosamente no assim chamado quadro referencial baseado em simulações, que foi recentemente explorado por filósofos da ciência, a fim de melhor explicar o papel de simulações na ciência moderna. Isso é exemplificado com base em um texto do período de Ur III (2100-2000 A.E.C.) sobre o crescimento de um rebanho bovino. Outras fontes mesopotâmicas com sequências computadas iterativamente, em particular vários tipos de tabelas matemáticas, são ignoradas aqui, porque elas não correspondem diretamente a nenhum fenômeno. O artigo é organizado como segue. A Seção 1 trata brevemente de alguns desenvolvimentos na filosofia e historiografia da ciência a fim de introduzir o quadro referencial baseado em simulação. A Seção 2 discute o exemplo textual. A Seção 3 contém as conclusões.

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